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Prematuridade

Foto do escritor: Tarsila LeãoTarsila Leão

Iniciamos o mês de novembro, o qual engloba o Dia Internacional de Sensibilização para a Prematuridade (dia 17). Esta data tem como objetivo alertar sobre o número crescente de partos prematuros e fornecer informações para as famílias e a sociedade sobre as consequências que a prematuridade pode ter no bebê. A humanização no atendimento destes bebês também é um tema bastante discutido, bem como o acompanhamento diferenciado que eles precisam ter acesso durante o seu desenvolvimento, principalmente durante a primeira infância.

Vamos conhecer a história da Helô? Ela foi uma prematura que tive o prazer de conhecer enquanto trabalhava na UTI neonatal, e continuar acompanhando após a alta.

Heloísa, filha de Cínthia e Adair, nasceu no dia 23 de abril, com 28 semanas de gestação (de um total ideal de 40 semanas), ou seja, com mais ou menos 6 meses de gravidez. O motivo do nascimento antes da hora foi o descolamento prematuro da placenta que a mãe apresentou, a qual também teve hipertensão durante a gestação. Helô nasceu com 36cm e 1.060g. Suas notas no nascimento, o apgar, foram 1, 5 e 7, ela não chorou, e ainda na sala de parto precisou de compressões no coração e da ajuda de um tubo e um aparelho para conseguir respirar.

Ainda era tão pequenina que não podia fazer tudo isso sozinha. Foi ainda na UTI neonatal que Cínthia foi conhecendo melhor sua filha e aprendeu como a Helô gostava de ser tocada e acalmada. Enquanto crescia e ficava mais forte na UTI neonatal, ela precisou de algumas intervenções: usou fototerapia, medicações e se alimentou por sonda. Assim que sua respiração se estabilizou, Helô e seus pais puderam desfrutar de longos momentos de contato pele a pele no método canguru. Logo que foi liberada, e isso só aconteceu no final do mês de maio, Helô experimentou pela primeira vez como era sugar no seio da mãe. Inicialmente a mãe ordenhava bastante a mama antes dela mamar, para que Helô pudesse aprender como era preciso fazer para respirar e sugar, e, foi ficando cada vez melhor nisso, sendo liberada para sugar no seio cheinho de leite. No início de junho a sonda de alimentação foi retirada e Helô adorava quando sua mãe chegava para colocá-la no canguru e amamentá-la. No total, precisou ficar durante 55 dias na UTI, e neste tempo aprendeu a respirar sozinha, mamar no seio da mãe, e ganhou peso e cresceu, estando, no dia da alta, com 1.980 gramas. O pai teve papel primordial, pois estava sempre presente para apoiar a mãe e incentivá-la.

Hoje, Helô está com seis meses de meio de vida, é uma bebê saudável e sorridente, e

não teve nenhuma sequela decorrente da prematuridade, apesar de ter nascido tão miudinha.

Mas precisa de um acompanhamento todo especial, com consultas convencionais com pediatra, visita semanal para estimulação essencial com fisioterapeuta, e consultas periódicas com neurologista, cardiologista e oftalmologista. Cinthia sempre foi uma mãe muito preocupada com a amamentação, por saber dos seus benefícios físicos e emocionais. Diferente do que acontece com muitos bebês prematuros, desde sua alta do hospital, Helô é amamentada somente em seio materno, e em livre demanda, e tem um ótimo ganho de peso, estando agora com 5 quilos e 55,5 centímetros.

Essa história foi contada pela “Tia Carol”, com autorização dos pais. E você, teve um bebê prematuro? Como foi a sua experiência? Se quiser compartilhá-la conosco, envie um email para caroline@amama.com.br, contando a sua história e do seu bebê, com fotos. Nós publicaremos no nosso site, facebook e instagram do grupo A Mama para que as histórias possam servir como exemplo e alerta para a importância de um bom atendimento e acompanhamento aos bebês prematuros e suas famílias.

 
 
 
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